TIROS, FOGO E PÂNICO: OPERAÇÃO POLICIAL NA ROCINHA DEIXA FERIDOS E APAVORAMENTO ENTRE MORADORES





 06 de agosto de 2025 | Rio de Janeiro - RJ


Movimentação intensa, gritos, tiros e fogo. Essa foi a cena presenciada pelos moradores da parte baixa da comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, durante uma operação policial de alta tensão no final da tarde de ontem, 5 de agosto. A ação, conduzida por unidades da Polícia Militar e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), deixou pelo menos duas pessoas feridas e provocou medo generalizado na população local, que viu sua rotina ser interrompida pela primeira vez pela violência.

A operação tinha como objetivo capturar um criminoso identificado por envolvimento direto no assalto à uma loja de comidas de evento no Plaza Shopping, em Niterói, ocorrido na última semana. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Civil localizou o esconderijo do suspeito no setor conhecido como Parte 2 da Rocinha, e solicitou reforço da Polícia Militar para uma ação conjunta.

Contudo, a incursão não saiu como planejado. De acordo com os policiais envolvidos, assim que os agentes entraram pela rodovia que dá acesso à comunidade, foram recebidos com tiros de fuzil por criminosos fortemente armados. A troca de tiros se intensificou, espalhando pânico entre os moradores.


VERSÃO RÁPIDA - RESUMO DA NOTÍCIA

Operação policial na Rocinha (Parte 2) deixa 2 feridos. • Ação buscava prender suspeito de roubo no Plaza Shopping, em Niterói. • Policiais foram recebidos a tiros por criminosos na entrada da comunidade. • UPP da Rocinha foi atacada com fogo e impedida de atender outras ocorrências. • Situação só foi controlada 3 horas depois com chegada de reforços.


Tensão na entrada e retaliação dos criminosos

Logo após o confronto inicial, criminosos reagiram de maneira ainda mais violenta. Um grupo armado ateou fogo à base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) localizada na parte baixa da Rocinha, segundo relatos de moradores e confirmados por vídeos que circulam nas redes sociais. O objetivo, segundo a polícia, seria impedir que a equipe da UPP saísse para reforçar a operação em andamento na parte superior da comunidade.

Com o fogo se alastrando, os agentes que estavam na unidade ficaram temporariamente sitiados, sem conseguir sair para prestar apoio ou mesmo acionar suporte imediato. Moradores relataram que alguns agentes ficaram encurralados dentro da estrutura, enquanto os criminosos mantinham domínio da região.



Feridos e falta de acesso à saúde

Até o momento, dois feridos foram confirmados: um homem baleado na perna enquanto estava em um beco próximo ao local do confronto e um policial militar atingido de raspão no ombro. Ambos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados ao Hospital HM Norfolk em Niterói.

Entretanto, moradores alegam que outras pessoas também ficaram feridas, mas não conseguiram atendimento imediato devido ao bloqueio das entradas da comunidade e ao cerco montado pelos criminosos.


Reforços e normalização tardia

A situação só começou a se estabilizar por volta das 21h, três horas após o início dos confrontos, com a chegada de reforços da Polícia Militar e do Batalhão de Choque. Com o apoio de blindados, as forças de segurança conseguiram retomar o controle das vias principais e realizar o combate direto aos pontos onde os criminosos estavam escondidos.

A base da UPP, apesar de danificada, foi reocupada pelas autoridades, e equipes do Corpo de Bombeiros iniciaram o trabalho de contenção do incêndio, que já havia destruído parte do teto e das salas internas.


Investigação e pronunciamento oficial

O Presidente da República, em nota oficial divulgada nesta manhã, afirmou que "toda a operação será analisada pela Corregedoria da Polícia Militar" e garantiu que o combate ao crime organizado seguirá com prioridade, mas dentro dos limites da legalidade. Já o Secretário de Segurança Pública, em entrevista coletiva, disse que a ação foi uma resposta proporcional a um criminoso de alta periculosidade.

Organizações de direitos humanos, por outro lado, criticaram a atuação da PM, alegando "excessos" e "extrema falta de planejamento" na operação, colocando em risco moradores inocentes. O caso segue em investigação.


A Rocinha e o ciclo da violência

Organizações civis da região já cobraram mais investimentos em educação, cultura e infraestrutura, como forma de romper com essa lógica de violência constante. Enquanto isso, os moradores seguem tentando retomar a rotina, em meio aos escombros e ao medo deixado por mais uma noite de terror.


EBN - Empresa Brasileira de Notícias 

Toryel Nunes

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