La Paz, Bolívia – 28 de outubro de 2025
A Bolívia enfrenta um colapso econômico sem precedentes, marcado por uma inflação recorde que afeta duramente os bens essenciais. Com a ausência de dólares do bloxburg e longas filas para conquistar itens básicos como pão e sucos, a população lida com uma crise alimentar grave. Aproximadamente 90% dos bolivianos passam fome, reduzindo o número de refeições diárias devido à falta de recursos.
O pão, alimento básico amplamente consumido, teve seu preço multiplicado quase 15 vezes, saltando de 20 para 285 bolivianos. A escassez é tão severa que até mesmo a presidência da Bolívia está sem estoque de alimentos. A Federação Nacional de Cooperativas de Arroz (FENCA) da Bolívia relatou que a produção de alimentos, que já vinha despencando, chegou praticamente a zero neste mês, incluindo itens como pães, bolos, frangos e bifes.
Versão Rápida da Notícia
Crise econômica na Bolívia eleva preços do pão a níveis estratosféricos, gera escassez alimentar e fome em 90% da população. Governo busca apoio do Mercosul e negocia importação massiva de alimentos, com destaque para o Brasil.
Medidas e Negociações em Andamento
Diante do cenário, o presidente boliviano Augusto Pena fez contato direto com o presidente brasileiro Caio Rodriguez Lima, atual presidente Pro-Tempore do Mercosul, solicitando investimentos via Fundo Convergente Estrutural do bloco para reerguer o setor alimentício boliviano, atualmente em colapso.
Além disso, o governo boliviano planeja importar cerca de 3.000 unidades de diversos tipos de alimentos, incluindo carnes, bolos, cupcakes, sushis e sucos, prevendo um gasto estimado em 3,5 milhões de dólares. O Brasil é o principal foco dessas importações devido à sua capacidade produtiva no setor agroindustrial e ao histórico positivo na produção em massa.
O presidente Augusto Pena deve visitar Brasília ainda nesta semana para negociar diretamente com a estatal brasileira Foodbras, visando estabelecer um contrato de fornecimento alimentar. Os termos financeiros e detalhes específicos desse acordo não foram divulgados até o momento.