A inércia presidencial impacta diretamente a formulação e execução das políticas públicas ao reduzir a velocidade e a efetividade das decisões governamentais. Quando o chefe do Executivo mantém uma postura passiva ou adia iniciativas, cria-se um ambiente onde a agenda política avança lentamente, muitas vezes deixando projetos prioritários estagnados ou sem a devida articulação para aprovação no Legislativo. Isso pode decorrer da falta de iniciativa do presidente em utilizar instrumentos de força executiva, como medidas provisórias, ou da insuficiente capacidade de mobilizar apoio político no Congresso.
Essa lentidão na tomada de decisões contribui para uma menor capacidade do governo responder aos desafios sociais, econômicos e ambientais de forma ágil e inovadora, o que pode comprometer a implementação de políticas eficazes e adaptadas às necessidades da população. Além disso, a inércia tende a diminuir a influência do Executivo sobre outros atores políticos e sobre a opinião pública, enfraquecendo a liderança presidencial e a legitimidade para conduzir reformas.
Observa-se também que a inércia pode gerar vazios institucionais que acabam sendo ocupados por outros poderes, como o Judiciário, que passam a tomar decisões sobre questões que deveriam ser foco de políticas públicas governamentais. Por fim, a falta de dinamismo no Executivo pode resultar em perda de foco nas prioridades nacionais e aumento da burocratização, dificultando a inovação e a eficiência no serviço público.