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Rio de Janeiro, 18 de Novembro de 2025
O processo de fissão nuclear usado na Usina Nuclear de Angra dos Reis consiste na divisão controlada dos átomos de urânio para geração de energia. No reator, o núcleo contendo material fissil (urânio) é bombardeado por nêutrons, o que faz com que os átomos se dividam em fragmentos menores, liberando uma grande quantidade de energia térmica e novos nêutrons. Esses nêutrons liberados iniciam outras fissões em cadeia no núcleo do reator, mantendo o processo controlado.
O calor gerado nessa reação é transferido para a água presente no circuito primário, que é altamente pressurizada para que não entre em ebulição, mesmo atingindo temperaturas em torno de 320 graus Celsius. Essa água aquecida circula por um sistema que transfere calor para outro circuito de água, que se transforma em vapor. Esse vapor move as turbinas que geram energia elétrica.
O controle da reação de fissão é feito por barras de controle, feitas com materiais que absorvem nêutrons, como cádmio, prata e índio. Essas barras são inseridas ou retiradas do núcleo para diminuir ou aumentar a taxa de fissão. Além disso, a água do reator contém ácido bórico, que também atua como regulador da reação por meio da absorção de nêutrons.
As pastilhas de combustível de urânio são revestidas por um material que retém a maior parte dos produtos radioativos gerados na fissão, mantendo-os isolados no interior das varetas de combustível, protegidas por uma liga metálica especial. O vaso do reator, junto com outras barreiras de segurança, impede a liberação de radioatividade para o meio ambiente.