Foodbras: Como a maior empresa de comida do Brasil sobreviveu à queda e voltou a crescer



TOP STORY | EBN News – 16/04/2025



A história da Foodbras é, sem dúvidas, uma das mais turbulentas e ao mesmo tempo inspiradoras do setor empresarial brasileiro. Fundada ainda no tempo em que o país era conhecido como Norfolk Island, em 2019, a então chamada Shout Factories surgia como uma grande promessa no ramo alimentício — promissora, caótica e surpreendente desde os seus primeiros passos.

Do início ao auge (2019 - 2020)

A Shout Factories rapidamente ganhou espaço no mercado alimentício. Mesmo com sérios problemas administrativos — como a constante troca de gerentes e ausência dos proprietários na gestão direta — a empresa crescia. Em 2020, sob a gerência de Trexloko, conhecido por administrar a Teletubbies Lab, a empresa alcançou um faturamento recorde de $6.100.000, destinando $4.450.000 aos cofres públicos de Norfolk Islands. Era um tempo de ouro.









Mas a tempestade viria logo...

O colapso completo (2021 - 2022)

Com a crise política que destruiu Norfolk Island e criou a Austrália em dezembro de 2021, a Shout perdeu tudo: sua fábrica principal na cidade central foi demolida. Mesmo sem capacidade de produzir, a empresa continuava pagando 30 funcionários com salários de até $6.000 por dia. O resultado foi desastroso: um prejuízo de $8.000.000 em menos de três meses.



O salvador inesperado foi Neil Pope, então primeiro-ministro da Austrália e dono do grupo GD+, que comprou a empresa por $2.400.000 e a estatizou, transferindo-a para o recém-formado Brasil.


VERSÃO RÁPIDA: Resumo da História da Foodbras

  • Fundada como Shout Factories em 2019 em Norfolk Island.
  • Em 2020, lucrou $6,1 milhões com venda de comida.
  • Entrou em colapso após demolição de sua fábrica em 2021.
  • Estatizada pelo governo australiano e depois transferida ao Brasil.
  • Rebatizada de Foodbras, ergueu uma cidade e transformou vidas.
  • Em 2023, atingiu seu auge com 155 funcionários e gigantesco complexo industrial.
  • Sofreu queda após sabotagens e saída de Silvio Santos da presidência.
  • Governo Bolsonaro reestatizou empresa em 2025, buscando equilíbrio entre setor público e privado.
  • Hoje, a Foodbras gera mais de $1 milhão por mês, com potencial de até $10 milhões.

A era de ouro no Brasil (2022 - 2023)

Transferida com todos os ativos do extinto governo da Oceania, a Foodbras chegou ao Brasil e fundou uma nova era. Iniciando operações em uma cidade pequena do Rio de Janeiro, ergueu não só fábricas, mas uma cidade inteira em torno de seus funcionários. Com salários altíssimos e infraestrutura de ponta (incluindo piscina e lan house), a Foodbras transformou realidades: casas, carros, viagens — uma vida que muitos nunca imaginaram alcançar.










Em janeiro de 2023, a empresa lançou seu maior projeto: um mega centro de produção agrícola e industrial, tornando o estado do Rio de Janeiro o novo coração da indústria latino-americana.





A sabotagem, a crise e a queda (setembro de 2023 - 2024)

A alegria durou pouco. Em setembro de 2023, atos de sabotagem demoliram cidades, museus e desviaram milhões de cofres públicos para países ditatoriais da Europa. A Foodbras perdeu 50 funcionários e entrou em crise. Sem poder contratar estrangeiros, a produção despencou. A inflação explodiu: uma cenoura chegou a custar $250, denunciou na época o deputado Kim Kataguiri.

Com a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao poder, medidas duras foram tomadas.

A reviravolta com Bolsonaro (2024 - 2025)

Bolsonaro privatizou a produção e transformou a Foodbras em distribuidora, fechando fábricas e cortando 130 funcionários. Muitos foram realocados para fábricas privadas, mas com salários abaixo do mínimo. Isso gerou uma deflação de até 1000%, e os preços caíram drasticamente. Mas, ao longo de 2024, o plano mostrou suas falhas: fábricas sumiram, empregos desapareceram, e em abril o país enfrentou inflação de 3000% em um único mês.




Percebendo o erro, em 2025, o governo reestatizou a Foodbras, agora como um modelo híbrido: produção pública e privada, integradas em uma rede nacional e internacional.

O presente da Foodbras

Hoje, a Foodbras conta com nova sede administrativa e de produção na cidade do Rio de Janeiro. Mesmo com lucros modestos — cerca de $1 milhão mensais —, a empresa ainda domina o mercado e carrega o título de maior empresa de comida do Brasil. Sua capacidade máxima, porém, impressiona: $10 milhões por mês.




Um símbolo da história do Brasil moderno

Mais do que uma empresa, a Foodbras é reflexo direto dos altos e baixos do Brasil. É símbolo de superação, de reconstrução e de adaptação. Sua trajetória envolve governos, guerras, crises e vitórias. Uma saga que ainda está sendo escrita — e que todos os brasileiros, direta ou indiretamente, fazem parte.



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