Governo reforça controle sanitário e legal sobre importação de alimentos: o que muda para os viajantes

 

EBN - Empresa Brasileira de Notícias | 17 de abril de 2025



Brasília — A nova política de importação de alimentos para uso pessoal no Brasil, atualizada oficialmente em 12 de março de 2025, entra agora em vigor com força total. O governo federal, por meio do Ministério da Agricultura (MAPA), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Receita Federal, estabeleceu diretrizes mais rigorosas para controlar a entrada de alimentos no país, com o objetivo central de proteger a saúde da população, a segurança alimentar e a integridade da produção agrícola brasileira.

A EBN analisou em profundidade o novo regulamento, suas implicações para os brasileiros e estrangeiros que entram no Brasil com alimentos, os riscos associados e as penalidades previstas. Abaixo, você confere todos os detalhes da medida que promete transformar o controle alfandegário do país.


VERSÃO RÁPIDA - RESUMO DA MATÉRIA

  • Objetivo: Evitar entrada de pragas, doenças e produtos contaminados.
  • Proibições principais: Carnes, laticínios não pasteurizados, frutas frescas, sementes, embutidos crus e alimentos caseiros.
  • Permitidos: Produtos industrializados, secos e embalados com selo de fábrica e rótulo visível.
  • Obrigatoriedade: Declaração de alimentos na chegada ao país (e-DBV).
  • Penalidades: Multas, confisco e até processo legal por violações graves.
  • Dica: Sempre declare o que estiver trazendo e evite alimentos frescos ou caseiros.

Estrutura legal e vigilância sanitária reforçadas

A medida se baseia em legislações nacionais e acordos internacionais, com atuação coordenada de três entidades-chave:

  • MAPA cuida de produtos de origem animal e vegetal.
  • ANVISA regula suplementos, alimentos industrializados e aditivos.
  • Receita Federal fiscaliza e aplica sanções no âmbito alfandegário.

O foco é impedir a entrada de pragas e doenças como a Febre Aftosa, Gripe Aviária e a Peste Suína Africana, além de contaminantes químicos e microbiológicos.


O que está proibido?

1. Produtos de origem animal

Importação pessoal está totalmente proibida, salvo exceções com selo e aprovação prévia. Proibidos:

  • Carnes frescas, congeladas ou cruas (boi, frango, porco, cordeiro)
  • Frutos do mar crus ou congelados
  • Laticínios não pasteurizados
  • Embutidos crus ou curados (salames, linguiças)
  • Alimentos processados com carne (pâtés, enlatados, charque)

2. Produtos vegetais e grãos

Necessitam de certificação fitossanitária internacional, sob pena de confisco imediato. Proibidos:

  • Frutas e vegetais frescos
  • Grãos não processados
  • Café e cacau em grão cru
  • Sementes não certificadas

3. Alimentos processados e industrializados

Permitidos com exigências:

  • Embalagem lacrada de fábrica
  • Rótulo com ingredientes, validade e origem
  • Sem necessidade de refrigeração

Permitidos: chocolates, biscoitos, condimentos, alimentos em pó ou desidratados.


Declaração obrigatória e inspeção rigorosa

Declaração Eletrônica do Viajante (e-DBV) é obrigatória para todos os alimentos trazidos ao Brasil. Pode ser preenchida online antes da viagem ou na chegada.

Quem não declarar está sujeito a:

  • Multas e sanções administrativas
  • Confisco e destruição imediata dos produtos
  • Possível responsabilização legal

O que ocorre na inspeção?

  • Verificação de rótulos, certificados e lacres
  • Análise visual e, se necessário, laboratorial
  • Qualquer suspeita de risco à saúde implica confisco

Penalidades e consequências

  • Confisco imediato de produtos irregulares
  • Multas aplicadas pela Receita Federal
  • Ações legais para tentativas de fraude ou contrabando

Casos reincidentes ou em grande escala podem ser enquadrados como crime contra a saúde pública.


Boas práticas para evitar problemas na alfândega

A recomendação do governo para todos os viajantes é clara:

  • Revise a legislação atualizada antes da viagem
  • Evite alimentos caseiros, frescos ou perecíveis
  • Prefira produtos industrializados com lacre e rótulo
  • Declare tudo honestamente

A fiscalização nos aeroportos e portos está mais rigorosa, com reforço de pessoal e uso de tecnologias para escaneamento e rastreio.


Uma questão de soberania e segurança alimentar

O Governo Federal reforça que as novas medidas visam não apenas proteger os brasileiros de riscos sanitários, mas também garantir a soberania nacional sobre sua cadeia de produção de alimentos. Segundo nota da ANVISA, "a segurança alimentar é prioridade absoluta para o Brasil do futuro".

O Ministério da Agricultura também salientou que a nova política está em total alinhamento com as práticas internacionais e visa manter o Brasil livre de pragas e doenças que assolam outros continentes.


Conclusão

Com a entrada em vigor da nova política de controle alimentar, o Brasil dá um passo firme em direção à proteção de sua população e do seu setor agroalimentar. Para os viajantes, a mensagem é simples: transparência, cautela e responsabilidade ao trazer alimentos para o país.


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