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Rio de Janeiro, 20 de Novembro de 2025
As principais medidas de segurança e emergência da Usina Nuclear de Angra dos Reis seguem rigorosos protocolos internacionais e nacionais para garantir a proteção da população, do meio ambiente e do próprio empreendimento. A usina adota um sistema completo de segurança em diversas camadas, baseadas no conceito de defesa em profundidade, combinando barreiras físicas, procedimentos operacionais, e planos de contingência detalhados.
Barreiras Físicas e Estruturais
Angra dos Reis conta com duas barreiras protetoras principais que envolvem o reator:
Uma camada interna de aço que isola o núcleo do reator.
Uma capa externa robusta de concreto armado que protege contra impactos externos como terremotos, maremotos, inundações, e explosões.
Essas barreiras físicas evitam a liberação de material radioativo e protegem a instalação contra diversos fatores ambientais e acidentes potenciais .
Sistemas Automáticos de Segurança
A usina possui sistemas passivos e ativos que entram automaticamente em ação em situações anormais, promovendo o desligamento rápido do reator e seu resfriamento. Entre esses sistemas destacam-se:
Hastes de controle que são inseridas rapidamente para cessar a reação nuclear em caso de emergência.
Sistemas redundantes de resfriamento do reator e dos geradores de vapor, fundamentais para dissipar o calor residual pós-desligamento.
Fontes alternativas e redundantes de alimentação elétrica de emergência que garantem o funcionamento dos sistemas críticos mesmo durante falhas na rede externa .
Procedimentos Operacionais e Treinamentos
A operação da usina é regulada por instruções técnicas e procedimentos operacionais detalhadamente documentados, que abrangem tanto a operação normal quanto situações de anomalia e acidentes previstos.
Toda a equipe é submetida a treinamentos frequentes e específicos que simulam diversas hipóteses emergenciais para assegurar respostas rápidas e eficazes .
Planos de Emergência
A usina mantém um Plano de Emergência Externo (PEE) com a coordenação de órgãos públicos e defesa civil, que prevê ações para a população local em casos remotos de emergência.
Monitoramento constante das condições da usina e da região ao redor, incluindo sistemas de alarme e sirenes para alertar as comunidades em caso de necessidade de evacuação ou medidas protetivas .
Monitoramento Contínuo e Revisões
Sistemas de monitoramento contínuo detectam qualquer irregularidade na operação, rompimento de tubulações, ou condições transitórias desfavoráveis.
Revisões periódicas da segurança são feitas para garantir a conformidade com as normas brasileiras e internacionais, incorporando avanços tecnológicos e melhorias práticas .